The Goddess Teste - Aimée Carter

07:43


Tradução livre (skoob): Sempre tem sido Kate e sua mãe - e, agora, sua está morrendo. Seu último desejo? Retornar à casa em que passou a sua infância. Kate terá que recomeçar numa nova escol, sem nenhum amigo nem familiar, e com o medo de que sua mãe não sobreviva até depois do outono. Então, ela conhece Henry. Sombrio. Torturado. E hipnotizante. Ele clama ser Hades, deus do Submundo - e, se ela aceitar sua barganha, ele manterá sua mãe viva, enquanto Kate tenta passar por sete testes. Kate está certa de que ele é louco, até que ele traze uma garota de volta dos mortos. Agora, salva a sua mãe parece ser loucamente possível. Se ela obter sucesso, ela se tornará a futura esposa de Henry, e uma deusa. Se ela falhar...
Resenha livre de spoilers.

Tenho opiniões divergentes sobre este livro, por isso, talvez, tenha demorado tanto para escrever esta resenha. Se, por um lado, eu o adorei, achei uma fofura e me apaixonei por Henry; por outro lado, fiquei decepcionada em relação há alguns aspectos do livro.

Não farei um resumo da história, porque a sinopse já faz isto muito bem. Então, vamos direto para a análise, sim?!

Como heroína, Katherine é perfeita demais para ser real. Ela cuida da sua mãe, que tem câncer, com carinho e dedicação, mostra-se sempre otimista e disposta a perdoar as pessoas. Ela tem o típico complexo do herói trágico - acha que precisa sacrificar a sua vida para salvar a de outros. Por causa disso, ela aceita a barganha de Henry (nome que a autora escolheu para o Hades) e motiva-se a continuar dando tudo de si para passar nos testes e obter a imortalidade. Isso é o que mais me irritou. Ela está sempre se culpando por algo que aconteceu com outras pessoas, ela nunca faz algo porque quer fazer, mas porque pensa que precisa fazer algo para proteger/salvar a sua mãe, o Henry, a Ava, ou qualquer outra criatura.

Apesar disso, a relação entre ela e a sua mãe é a parte mais bonita do livro. Eu realmente consegui sentir o desespero e a dor da personagem ao pensar que, eventualmente, perderá a mãe. Não posso repreendê-la por abdicar da sua liberdade para que a sua mãe tivesse mais alguns meses de vida. E, talvez, o motivo que a compele a se sacrificar por outras pessoas seja o fato de ela compreender o pesar de perder alguém que ama.

Quando aceita participar dos testes, ela não faz a menor ideia do que isso significa. Ela muda-se para a propriedade particular de Henry, onde deverá passar seis meses, e, então, retornar ao mundo real no primeiro dia da primavera. Além de não saber o que esperar das provas, ela ainda descobre que não é a primeira garota a participar deste desafio. Ao longo dos séculos, várias garotas tentaram, e, aquelas que não enlouqueceram, foram brutalmente assassinadas. O assassino, contudo, nunca foi descoberto. O mistério por trás disto é muito instigante, ele leva o leitor a duvidar de tudo e de todos, mesmo dos aliados mais próximos de Kate.

Por que os testes existem? Anos após Persérfone, a primeira esposa de Hades/Henry, morrer, o Conselho (formado pelos deuses) decidiu que o Deus do Submundo precisava de uma segunda esposa para ajudá-lo no seu dever de comandar o mundo dos mortos. Ao invés de uma deusa, Henry preferiu escolher uma mortal, por julgar que esta compreenderia melhor a fragilidade da vida e da morte. Os testes foram criados para julgar se esta humana estaria apta à tarefa que lhe caberia quando se tornasse Deusa do Submundo. Se passasse, receberia a imortalidade e se casaria com Henry. Se falhasse, retornaria ao seu mundo com a memória dos meses em que passou entre os deuses apagada.

Eu, assim como você aí que está lendo está longa resenha, estava esperando provas que testassem a força dela, a sua habilidade de liderança, a sua inteligência e sagacidade. Estava esperando algo como os 12 desafios de Hércules. Contudo, a autora decidiu que uma garota não aguentaria passar por isso. Ao invés de verdadeiros desafios, Kate passa por simples provas baseadas nos sete pecados capitais. Ela precisa fazer coisas como parar de comer, num lugar onde ela não precisa se alimentar para sobreviver, partilhar roupas que ela não queria com as suas amigas e se dedicar aos estudos. 

Ganhar a imortalidade está muito fácil nesses dias...

Algo que me incomodou bastante foi a tentativa desnecessária de a autora moralizar uma história sobre deuses gregos. Além de descaracterizar completamente a personalidade e a história deles, isso deixou a história muito chata. Os deuses gregos adoravam os seus pecados, eles realizavam longos banquetes, onde se esbanjavam de comida e de vinho, eles viviam pelo prazer do sexo, da música, das artes etc. Qual o sentido, então, de fazer a Kate passar por testes baseados nos 7 pecados capitais?

A parte mais absurda de tudo isso foi ser obrigada a ler Zeus repreendendo a Kate por ter cedido ao desejo de fazer sexo com o Henry. Um minuto de silêncio para que você consiga absorver isso. 
 “You engaged in lustful relations with our brother, an act that is strictly forbidden before the council makes a decision and a marriage occurs.”  

“Despite evidence to the contrary—” he looked at Ava, and she rolled her eyes “—we do not abide lust.”
 
Não dá para levar um livro desses a sério, principalmente quando os deuses mais poderosos que já existiram receberam nomes como Walter (Zeus), Henry (Hades), Irene (Atena)...

Porém, como eu disse no começo da resenha, há algo nele que me manteve entretida e interessada para descobrir quem era o responsável pelo assassinato de todas as garotas que tentaram antes da Kate. E, devo dizer que não fiquei decepcionada. Fui surpreendida, de forma positiva.

Para quem eu recomendo este livro? Para pessoas que gostam de um romance fofo, sem ser muito meloso, e para pessoas que não se importam em ver uma das mitologias mais incríveis da humanidade ser arruína por lições de morais cristãs (nada contra à religião cristã, eu só acho que ela e a mitologia grega são duas coisas que não devem ser misturadas).

The Goddess Test é o primeiro livro de uma trilogia de mesmo nome. Todos os livros, incluindo dois contos extras, já foram lançados nos EUA. Ainda não há tradução oficial em português.

You Might Also Like

1 comentários

  1. Ganhar a imortalidade está muito fácil nesses dias...
    Sabia que com essa frase você me ganhou? Eu estou numa vibe de ler livros que ainda não foram lançados aqui no Brasil. O livro tem como tema mitologia, já amei
    Estou seguindo o blog ok?

    http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Instagram