O resultado da conclusão desta maratona foi melhor do que julguei: li cinco e 7/8 livros. Agora, vocês devem estar se perguntando "Como assim?". Li cinco livros inteiros, porém, quando o desafio acabou oficialmente, ainda faltavam pouca mais de 45 páginas para acabar o sexto. Quanto ao sétimo, li 60 páginas e por isso ficou.
Apesar de não ter lido todos os sete livros e de ter mudado um deles, não considero ter perdido fracassado o desafio. Afinal, não consegui ler, realmente, somente um livro. Parte da culpa está na minha insensatez, porque três dos sete livros que escolhi possuÃam mais de 400 páginas, o que significa que passei muito, muito tempo absorta neles. Além disso, dois dos sete livros tinham uma temática bastante densa, ou seja, seria necessário certo tempo para digerir a leitura e prosseguir com as demais - e com a vida.
Mas, à parte desses problemas, deixe que a diversão comece! A segunda parte do desafio consiste em atribuir uma música para representar cada livro, por isso, abaixo, deixarei uma breve resenha do livro mesclada com a explicação pela qual escolhi a música.
Hoje, falarei um pouco de Caim, do José Saramago. Você pode ler a minha resenha do livro aqui.
A música que escolhi foi Viva la Vida, da banda Coldplay.
Por que escolhi a música? Não consegui resistir à ironia. Meu primeiro pensamento foi escolher a música Oh Death ou a música David, ambas de autoria do talentosÃssimo Noah Gundersen, porém sentia que faltava uma picada de drama épico e de ostentação à s músicas. Depois de muito pensar - e escutar -, escolhi Viva la Vida, porque ela conta a história de um poderoso rei que perdeu o seu império. Sem querer dar spoilers, quem ler o livro, entenderá! Mas, de qualquer forma, o livro em si conta, de forma indireta, a história de vários grandes guerreiros que conduziram o seu povo em lutas épicas em busca de conquistar - ou reconquistar - terras, porém, à s vezes, esses grandes homens, apesar de seus caráteres, acabam sucumbindo.
O que achei do livro? Maravilhoso. Ponto. É um daqueles livros que cumpre bem o seu papel de causar diversão e desconforto ao mesmo tempo, além de nos fazer pensar não apenas sobre questões de caráter religioso, mas também sobre o papel da mulher na sociedade e as suas representações ao longo dos séculos, sobre as verdades que aceitamos sem questionar por elas já estarem de tal modo impregnadas no nosso subconsciente que é muito difÃcil olharmos para algumas coisas sobre perspectivas diferentes, sobre as constantes guerras sem propósito, sobre as fraquezas do homem, sobre a moral, a ética e muito o mais. '
